De volta ao MDB após aceitar o convite do senador Veneziano Vital do Rêgo, Cícero Lucena voltou a afirmar que, no momento, mantém o intuito de apoiar o projeto do governador João Azevêdo (PSB) na disputa ao Senado. O fato novo, porém, é que, de acordo com Cícero, caso persista a descrença de João em suas palavras, a tendência é que ele apoie outro nome para a disputa à segunda vaga da Paraíba na Casa Alta.
Mesmo após a saída de Cícero Lucena do Partido Progressistas (PP), o prefeito de João Pessoa garantiu que está disposto a ajudar João em seu projeto de eleição ao Senado. O problema, porém, é que o discurso, na ótica do governador, não é factível, já que, nas palavras de Azevêdo, “não há como servir a dois senhores na política”.
O entendimento de João é o mesmo de uma parcela do grupo oposicionista, que acredita que, até as eleições do ano que vem, Lucena declinará da ideia de fidelidade ao chefe do executivo paraibano e apoiará um nome ainda a ser lançado pelos opositores. O caminho, de fato, parece ser mesmo esse, uma vez que, em fala à imprensa na festa de aniversário do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos), no último sábado, o prefeito pessoense foi direto:
“Eu posso admitir que hoje voto em Veneziano e tenho dito que eu voto João. Mas, se João não quer o meu voto, eu não posso fazer nada. Eu vou atrás de outro nome”, afirmou.
A evasividade nas respostas sobre os apoios a serem costurados de olho na disputa eleitoral de 2026 não é exclusividade de Cícero Lucena. É uma tônica de praticamente todos os atores políticos do estado, visto que decisões tomadas sem as devidas discussões internas podem impactar severamente os resultados finais.
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